Quando olho no espelho, não me vejo embora tudo em volta permaneça no lugar. Vejo apenas um quadro antigo, um retrato de anos atrás. Quando deixei de ser aquilo? Me ausento de mim sem cortejo. Mudo de roupa, de banda, de livro, de endereço e nome: ainda não me vejo. Lanço minha vontade sobre aquela imagem, faço minha raiva em fragmentos que fragmentam meus pensamentos. O espelho partiu e levou minha dor em vermelho. Busco a coragem, já não consigo me encontrar, me perdi. Perdi também a paciência descubro que me escondo de mim. Me ausentava com medo de me encarar, mas no fundo só bastava ficar. Não sei como parei aqui, nessa mente, nesse corpo. Que sintoma é esse? De onde saiu essa sensibilidade, essa descoberta minha mente, agora desperta. Exalo o que sinto do meu infinito longínquo e particular. Me torno um viajante, o caixeiro do tempo, inicio a jornada em busca da minha verdade…
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